O texto possibilita uma reflexão quanto á práxis
educacionais, numa linha de tempo histórica e conceitual. E falando de uma
práxis o autor pontua desde um modelo em que a Política Educacional Inclusiva
não fazia parte deste contexto, reforçando a Educação homogênea, em que todos
eram considerados iguais e as práticas escolares desenvolvidas deveriam aplicar
aquele modelo, assim aquele que não conseguisse acompanha-lo era excluído do
contexto escolar. Continuando a refletir já se percebe quando o autor fala
sobre os modelos ideais onde a “...paisagem humana em que a monstruosidade e os
desares não eram de todo desaparecidos...” nessas linhas já se observa uma
visão nova sobre educação. O sujeito com deficiência começa a ter acesso aos
serviços, inclusive as classes regulares, se a elas se adaptassem, sem causar
transtornos.
O modelo dos modelos almejados que deveriam “... servir
para obter modelos transparentes, diáfanos, sutis como teias de aranha; talvez
até mesmo para dissolver os modelos, ou até mesmo para dissolver-se a si
próprio”. Nesse trecho o pensamento do autor culmina com o grande Marco Legal:
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
que desencadeia em defesa do direito de todos os alunos juntos estarem
aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. O artigo 206
estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” como um
dos princípios para o ensino e garante, como dever do Estado, a oferta do
Atendimento Educacional Especializado, preferencialmente na rede regular do
ensino (art 208).
Enfim, segundo o autor “... só restava a Palomar apagar
da mente os modelos e os modelos de modelo. Completando também esse passo, eis
que ele se depara face a face com a realidade mal padronizável e não
homogeneizável, formulando os seus “sins”, os seus “nãos”, os seus “mas”...”
Parafraseando este último trecho de Calvino, o AEE é de
grande relevância para atuar com seu público alvo e terá também como
responsabilidade a desmistificação dos educadores apagarem das suas mentes o
modelo dos modelos e apresentar um novo olhar metodológico que é aquele que
respeita, valoriza, percebe e busca instrumentos para trabalhar o aluno nas
suas singularidades. O sujeito é visto como único, onde suas habilidades e
dificuldades são pontuadas apenas para se buscar as estratégias. A deficiência
não é uma barreia para a aprendizagem.
Foi muito relevante o seu texto.Parabéns!
ResponderExcluirOlá! Raimunda
ResponderExcluirParabéns! Você fez uma excelente reflexão do texto com o Atendimento Educacional Especializado.
E realmente a deficiência não é uma barreira para a aprendizagem. Por isso, o AEE vem para transpor esta barreira.
Simone